terça-feira

Interações autísticas

Desde janeiro deste ano, venho trabalhado com crianças especiais. Especiais no sentido de serem mágicas e únicas e não alienígenas que necessitam de cuidado especial, apesar de necessitarem.

Me instiga interagir com crianças ou jovens com deficiência intelectual, são muitos os caminhos da aprendizagem e com eles é necessário investir nos caminhos mais criativos e também estreitar laços afetivos. É um aprendizagem prazeroso, pois não pode ser tradicional e conteudista.

Atualmente, realizo apoio pedagógico de um menino com autismo, mundo novo a desbravar. Me sinto realizada quando trocamos olhares, sorrisos ou qualquer tipo de comunicação. Interagir com alguém que não compreende a necessidade de se comunicar é uma tarefa árdua, que requer muito estudo, muito empenho e uma dose extra de criatividade para estimular a comunicação.

Luís é um menino calmo, mas que não sente interesse em se comunicar, não consegue sentir isso. Escondo os objetos de sua preferência e tento fazer com que ele diga: "Dá!", mas é difícil e inicialmente, apenas um balbuciar já representa um avanço.

Penso que os pais criam expectativas nos seus filhos com autismo, neste caso, para que eles falem e talvez, essa criança se comunique melhor através das imagens ou até mesmo, através do computador, digitando, como a canadense Carly se comunica muito bem.

Continuo na luta.


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