sexta-feira

Ex-aluno hiperativo

Ontem, visitei um ex-aluno meu, o mais querido. Sua presença estava marcando meus últimos dias desde minha saída da escola. Me pegava pensando na sua alegria e espontaneidade, nas suas verdades jogadas pra quem quisesse ver e ouvir. Um mundo de verdade e mais feliz é onde Alfredo habita.

Penso que nós, adultos, somos muito cruéis conosco e injustos com a vida. Vivemos cheios de preás na consciência, de culpas, covardias, máscaras e diplomacias para lidar com as situações. Vivemos entiquetados e aprisionando o que é natural na gente. As crianças não são assim, elas são magnânimas com a vida, sorriem de coisas simples, não tem preás na consciência, são curiosas e entusiasmadas com o novo, vivem o agora e nada mais. Perdemos toda essa magia, algumas pessoas recuperam e nutrem a magia pela vida com maestria e eu admiro.

Alfredo é hiperativo, genial para interagir com quem o cerca, inteligentíssimo e obcecado por organização e limpeza. Tem enorme facilidade de demonstrar seu afeto pelo outro, trava que adquirimos também com a idade. Sem medo, ele fala sobre amor, demonstra afetividade e alegria por sentir essas sensações, os únicos momentos que demonstrava descontrole emocional eram quando alguém se incomodava com alguma atitude sua. Seu receio era magoar as pessoas e isso o frustrava.

Ao chegar em sua casa, fui recebida com certo receio, um ressentimento, talvez por eu ter deixado a escola. Depois ele me abraçou e aí começou a festa, bagunça, movimentos rápidos junto com um turbilhão de perguntas. Respondia todas e a cada resposta, Alfredo abria um sorrisão tão lindo que me tranqulizava e me fazia feliz. Seu avô me ofereceu café e ficamos ali matando a saudade, eu perguntando a ele sobre as figuras da escola e ele me perguntando sobre minha vida com seu jeito frenético. Comunicação intensa e dinâmica. Revigorou minha alma.

Me deu gás.

Taí

Não estou aqui nesse blog, por outro motivo, senão utilizar desse espaço para um muro de lamentações, amores, dores e visões acerca da vastidão que me cerca ou da limitação que condeno.

Espero que os astros, as presenças ocultas e a minha memória me permitam prosseguir nesse fazer, pois há alguns meses atrás, eu fui interrompida de continuar escrevendo, relatando confissões para um espaço virtual como esse porque eu perdi minha senha. E esta estava vinculada a um endereço de email que eu só utilizava para acessar o blog, ou seja, sem email alternativo e sem a senha do email, o blog foi jogado na esfera virtual feito um cão sem dono. Mas o blog tem dona, tem meu nome lá e um monte de confissões, desejos, erotismos... Taí, to nem aí mais pra esse blog confessional. As coisas mudam, a escrita é mutável, transitória, peremptória, casual...

Agora, eu estou preocupada na entrega que é escrever, nas reflexões e me aprofundar nos estudos e pesquisas sobre Gi e sua visão, aqui mesmo.

Sobre a carambola, é uma fruta bonita, deliciosa, azedinha e pode ser doce também. É estrela de cor forte.
Nessa onda de mulheres frutas que abomino, não quero que relacionem a minha pessoa à uma fruta, isso é coisificação, não tolero! Mas como eu também não tolero meu nome, acho digno uma fruta tropical pra nomear meus pensamentos.

Tropicalista e aTIETAda,
Gi